sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

DESAPARECIDO

Nossa!
Como me sinto perdido!
Toda noite é a mesma coisa
Deito
Não durmo
Fico pensando
Pensando
Quando vou por a cabeça no travesseiro e dormir?
Quando vou descansar minha cabeça?

O pior é que não faço nada para sair dessa
Que apatia!
Não tenho estímulos para fazer nada!
A não ser que seja para fumar um...
Viajar e desligar minha cabeça
Descansar.

Como estou perdido!
Não sei de nada!
Não sei o porquê d’eu estar aqui e agora
Não consigo ver o meu caminho
Fico mais pirado só de imaginar se não vou encontrá-lo
Procuro dentro de mim as coisas que curto
Nada se encaixa nesta sociedade
Neste mundo
O que fazer?

São Paulo, 24/02/1988, 00:41




PARAÍSO

Puxa!
Como estou sensível hoje
Agora!
Quando vi a carinha da Luana
Falando
Brincando
Vi toda a beleza que existe numa criança
Vi o paraíso nela
Queria chorar
Não pude.

Queria poder ficar olhando para ela e chorando
Tamanha era a beleza que estava vendo
Ficaria viajando o tempo todo nela
Lindo!
Pena que poucos vejam a profundidade das coisas simples
Quão profundo e imenso
Tudo que está ao nosso redor.

Hoje estou muito sensível mesmo
Tudo é beleza
Dá vontade de chorar o tempo todo
Que bonito seria se vivêssemos assim constantemente
Mas é impossível
É utópico
Acho que é por isso que choro
Choro por tudo e pelo nada
E pelo pouco
Pelo pouco que me engrandece
Mas que me faz sofrer
Sofrer.

Sofro por não encontrar um caminho
Vejo algo mas não estou seguro
É o desenvolvimento
São as pedras
Mas qual será minha missão?
Devo ter alguma
Senão porque estaria eu sofrendo?
Mas enquanto não enxergo...                                               

São Paulo, 24/04/1988.

Nenhum comentário:

Postar um comentário