sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

FALANDO DE AMOR

Carência
Solidão
Vazio
Viver sem a companhia do amor
Sem ter quem amar
Sem ter quem amar
Vazio.

O Amor me faz tanta falta
É duro saber disso
Saber que tenho uma grande energia
E não tem mais espaço para ela
Preciso botar pra fora
Carência.

O que fazer?
Sonhar?
Esperar?
Desencanar?
Não sei
Só sei que realmente vivo
Quando estou amando
É a Vida!
Porque tem de ser?

Gostaria de viver sempre amando
O vazio me sufoca
Queria estar com alguém que amasse
Mas é difícil encontrar o Amor
Sinto ele dentro de mim
Louco para explodir
Louco para amar novamente.

Carinho
Eu adoro
Quem não adora!
Acariciar quem se ama
Ser acariciado
Troca de energia
Troca de Amor 
Que tesão!
Tesão?
Tesão é fazer amor com Amor
Que tesão!!!
Que vontade de amar
Que necessidade de amar novamente.                       

São Paulo,04/08/1988





PONTO DE INTERROGAÇÃO

Um dia sensível
Outro dia racional
Quando chegará o dia do equilíbrio?
Este dia chegará?
Tem de chegar!
Vai chegar!
Só espero que não demore muito
Senão não vai sobrar muito Ricardo.

Queria não pensar muito nas coisas
Estou cansado desta situação
De repente já não me sinto tão forte
Talvez eu nem seja
Mas que seria bom alienar-me seria
Seria mesmo?
É, isso não é possível...

Mas também não é o fim do mundo
Se continuar assim talvez isso aconteça
Paranoia total
O mundo em que vivemos
Porém ainda existe um velho chavão
Enquanto há vida, há esperança
Esperança com passividade não!

Temos de ir à luta!
Até a morte!
Com certeza!
E fé
Pensamento positivo
Formas abstratas de fortalecimento do espírito
Energia pura.
Infelizmente tudo tem seu momento
E decididamente não há lugar para o amor
Muito menos clima
Cabeça
Paz
Enquanto não encontrar o equilíbrio
Infelicidade
Anarquia
Depressão
Solidão.

Lápis
Papel
Obrigado!
Converso contigo
Você me ouve
Você me entende
Pelo menos este monólogo serve para alguma coisa!
É gozado
As dúvidas eram tantas
Não sabia nem que título dar
E de repente algo se ilumina
Na loucura da minha cabeça
Na lucidez de minhas idéias
Na lucidez da minha loucura.

São Paulo, 08/08/1988, 02:35

Nenhum comentário:

Postar um comentário