Momentos Baianos
Sentado no
banco de uma praça pequena
e
acolhedora da orla do rio Paraguassú, na cidade de Cachoeira,
assistindo
uma banda de forró num pequeno palco.
O som do
baião passa a me embriagar com sua energia
alegre,
espontânea e cheia de vida,
fazendo meu
corpo se mexer naturalmente.
Vejo
crianças, jovens, adultos e idosos também beberem da mesma fonte,
dançando
uma singela e solidária quadrilha,
ao som da
sanfona, da zabumba, do triângulo e do violão.
Um chuvisco
grosso logo vem e espanta o povo,
principalmente
as mulheres preocupadas com seus cabelos
habitualmente
alisados por chapinhas.
A banda
protegida da chuva continua sua festa,
tanta que
um rasta começa a dançar freneticamente,
embalado
por quem sabe muita cerveja.
Continuo
sentado indiferente à chuva refrescante,
anestesiado
por aquele momento maravilhoso,
assistindo
àquela cômica e solitária performance.
Algum tempo
depois a chuva passa e o povo volta
a dançar no
balanço de um xaxado,
não menos empolgante.
De repente
um casal de jovens chega para dançar,
e seus
lábios se encontram pela primeira vez,
consumando
seus desejos de se entregarem e se conhecerem.
Então todos
pedem bis, bis, bis, após o cantor anunciar o fim,
pois todos
queremos prolongar aquela celebração,
queremos
continuar dançando, cantando e rindo.
E assim
fomos agraciados com mais uma de Luiz Gonzaga,
que
incendiou ainda mais aquela vibração amorosa,
onde
comungamos uma sensação de paz e êxtase.
Cachoeira, 06/07/2013, 19:19
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